A displasia coxo-femoral, também conhecida como displasia da anca, é uma patologia congénita (na maior parte dos casos), comum em certas raças de cães (Pastor alemão, Labrador retivier, Golden retrivier, Dogue alemão, são alguns exemplos) e também em gatos (Mainecoon, Bosques da Noruega). Normalmente a articulação começa a se deteriorar a partir dos 4 meses, ou seja, numa fase muito precoce do crescimento desses animais. Existem múltiplos genes associados à essa deterioração.
Além da forte componente hereditária, cães de raça grande/gigante, com crescimento rápido e com sobrepeso (“gordinhos”) podem adquirir precocemente a artrose da articulação coxo-femoral. Outros fatores que predispõem alguns animais a desenvolverem essa patologia são as deficiências nutricionais.
Alguns sinais característicos são:
– Dor
– Claudicação
– Dificuldade em sentar, deitar e levantar
– Posição de andamento anormal
– Dificuldade em subir escadas
– Corre como “coelho” (membros pélvicos juntos e não alternados como no andamento normal)
– Automutilação (começa a “arrancar” os pelos dos membros pélvicos, depois lambe-se em demasia e por fim existe lesão ulcerativa)
– Apatia
Segundo a visão da MTC, a displasia coxo-femoral faz parte da Síndrome Bi Óssea, onde existe uma rigidez e bloqueio de circulação. A acupuntura e a fitoterapia mostram-se bastante eficazes. A acupuntura vai promover a analgesia, ao desbloquear os meridianos afetados. A fitoterapia tem a ação de retardar a evolução da doença, lembrando que esta degeneração é progressiva.
A fisioterapia também é outra aliada valiosa, pois também vai promover a analgesia e controlar a inflamação. Através de alguns exercícios e algumas modalidades, também existe um retardamento da atrofia muscular dos membros pélvicos e contraturas musculares dos membros torácicos e da região cervical. Mesmo em cães e gatos onde é indicada a colocefalectomia (retirada da cabeça do fémur), a fisioterapia atuará muito bem no pré e pós-operatório.
O diagnóstico é feito através do RX (animais preferencialmente sedados) e que estão a referir alguns sinais dos mencionados acima.
Além da fisioterapia e da MTC, devemos estar atentos ao piso onde se encontram esses animais, evitando pisos escorregadios. A dieta também deverá ser observada e talvez alterada e/ou melhorada. Devemos ter atenção ao peso dos animais e evitar a controlar a obesidade.
A introdução de alguns nutracêuticos também é importante, mas sempre lembrar que todos esses tratamentos serão uma tentativa de retardar o avanço da doença e oferecer uma melhor qualidade de vida aos animais afetados.